Vídeos e fotos de animais estão entre os maiores sucessos da internet. Todo mundo clica para ver um gatinho brincando com uma caixa. Um cachorrinho fazendo arte. Eles são fofos mesmo – não há o que discutir. Mas nunca tinha reparado que grande parte dos bichos que fazem sucesso na web tem algo em comum: são filhotes. Assim como os rostos de pessoas jovens, as carinhas redondas dos filhotes dominam a mídia. É raro nos depararmos com rugas, com cabelos brancos, com flacidez. E também é raro nos depararmos com a velhice dos bichos.

Vários, segundo Isa, tinham sido maltratados, pareciam cansados. Outros pareciam calmos. E, alguns, olharam desafiantes para a câmera. Em muitos momentos, ela conta que foi preciso conter as lágrimas. Como quando tirou fotos do galo sem idade definida cujas asas, sem penas, expunham os ossos. Mas mostrar a decrepitude não era a intenção de Isa. Ela queria, em suas palavras, ”ter a certeza de honrar [com as imagens] a experiência do animal”.
A fotógrafa afirma que o trabalho foi a maneira que encontrou de lidar com o próprio medo da velhice e com a sua mãe, que tem Alzheimer. “Minha avó materna também tinha demência. E eu estava morrendo de medo de desenvolver a mesma doença. Esse projeto foi um meio para eu mergulhar nesse medo, tentar entendê-lo melhor e fazer as pazes com o envelhecimento”, disse Isa ao New York Times.
Com seu trabalho, Isa conseguiu fazer as pazes com o seu próprio destino, a velhice, e incentivou a refletir sobre o destino de todos, sobre o que tememos e o que valorizamos.
Rosa Edna Bulcão
Muito interessante este texto sobre os animais velhos, essa fotógrafa americana faz um brilhante trabalho e quando gosto da meteria, quero compartilhar com meus amigos.
Realmente, as vezes deixamos de observar e cuidar dos velhos, seja pessoas ou animais e fiquei pensando. Deus é tão bom conosco, Ele não nos abandona mesmo quando estamos velhos ou abandonados pela família ou "amigos" que seja uma REFLEXÃO!